domingo, 27 de maio de 2012

Dissertação

Uso e tráfico de drogas tomam conta das escolas


Usuários ocupam as quadras
O uso e o tráfico de entorpecentes nas escolas públicas e particulares da Cidade de São Paulo no atual ano letivo atingiu a média igual a "1". Isto significa uma ocorrência por dia - contando apenas os letivos -, seja no entorno, quadra ou pátio dos colégios. Policiais militares, civis e guardas civis metropolitanos registraram 147 casos até agosto de 2007.

Mas o número de presos em atividades com drogas não é preciso, já que a Polícia Militar não dispõe desses dados. A Polícia Civil, representada pelo Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), informou que no mesmo período prendeu 42 pessoas, sendo seis adolescentes. A Guarda Civil Metropolitana (GCM) deteve 33, 12 deles menores. As duas forças efetuaram 75 prisões. Na média uma pessoa envolvida com droga é levada para a delegacia a cada dois dias de aula, sem contar os dados da PM.

Os números apontam que o maior problema se encontra nas escolas públicas. Mas segundo o Núcleo de Apoio e Proteção às Escolas (Nape) - subordinado ao Denarc - colégios particulares "não ficam muito longe."

O que acontece é que nas escolas particulares são poucas as denúncias. Quando aparecem é porque o pai achou 'algo errado' no armário do filho. Nas públicas, as denúncias partem dos diretores, professores e alunos. Isso gera uma distorção', disse o delegado-titular da 1ª Delegacia do Nape, Carlos Roberto Alves Andrade.

Repressão e combate

Na rede pública, são encontradas as drogas mais baratas. Uma pedra de crack pode custar R$ 5,00. Na particular, as mais caras, entre elas as sintéticas. Um comprimido de ecstasy sai por R$ 50,00. 'Aqui na escola, o que mais vemos é o pessoal fumando maconha. Sempre que eu vejo, procuro ir para o lado oposto', contou um aluno,que pediu para não ser identificado, de uma escola pública da Zona Oeste.

As investigações do Nape começam principalmente a partir de ligações recebidas pelo disque-denúncia (0800-111718) do departamento. As equipes são formadas por três policiais - dois investigadores rondam as ruas vizinhas à escola com uma viatura 'fria' e um faz o trabalho de campo a pé.

'A grande dificuldade é que levamos seis meses para formar o policial, mas a vida útil dele nesse trabalho não passa de dois ou três anos. É que ele fica velho para o perfil de estudante', disse Andrade.

Outro tipo de atuação do Denarc, quando a situação está crítica, é a ocupação com policiais fardados, geralmente do Setor de Operações Especiais (SOE).

A Polícia Militar faz o trabalho com equipes da chamada Ronda Escolar, que conta com 1.008 homens na Capital. A prioridade dos PMs são as escolas estaduais, mas não deixam de prestar ajuda às demais. A GCM faz um trabalho semelhante ao da PM, mas com prioridade para as escolas da Prefeitura.

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